quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saudade.

Veio vindo de repente
e aconchegou-se roubando meu espaço
Sentou, me olhou
Sorriu.
Tremi.
Disfarcei, tentei ignorar,
talvez não pensar,
mas aqueles olhos não saiam de mim.

Aos poucos foi me consumindo
mastigando lentamente até que todos
os pedaços se rasgarassem
sem chance de choro, grito ou arrepio.

E ela, majestosa como tal,
reinou sobre meus pensamentos,
sentimentos e vontandes.

A saudade, agora, fazia parte de mim.

4 anos hoje,
muitos anos a frente...
Sem sinal,
Sem vida,
Será?

Um comentário:

  1. Como pode, temos marcas pelo corpo todo...

    Me embaraço com esses situações dos olhares, para onde eu olho? Olho ou não olho? Está olhando para mim? Percebeu que eu olhei nos seus olhos? Face encontra a face, num olhar. Sempre algo tão clichê, mas tão marcante e único. Vi numa entrevista que Kieslowski queria falar dessas coisas comuns, mas se grande esforço era para que isso não parecesse comum. Talvez por isso eu goste tanto.

    Ps: gostei do nome do Blog, abraços!

    ResponderExcluir