quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Começo

Olhou e caminhou devagar até os seus rostos ficarem bem próximos. Encarou cada traço de tempo guardado, levantou a mão lentamente e, ignorando um tapa pecaminoso, acariciou os caminhos das lágrimas e suor que por ali estavam marcados. De repente sorriu. Não um sorriso largo e aberto, mas um de canto, quieto e fechado que confunde amor e desespero sem nenhum pudor ou malícia. Sorriu.

E sabendo o que estava fazendo e o outro sem entender o que estava acontecendo, beijou. Enquanto os lábios iam se tocando e se conhecendo a mão surtia efeito pelo pescoço e descia até encontrar os cabelos desordenados. A intensidade crescia conforme o medo, sem zelo, sem pausas, valendo todo o possível erro.

A mão que acariciava agora era forte, fazia com que aquele beijo se tornasse cada vez mais impuro. Foi quando sentiram diminuir a intensidade, devagar os lábios se separaram e aquele sorriso inconfundível tomou conta daquele rosto novamente, enquanto o outro não sabia o que pensar.

Escondeu o sorriso e, antes de voltar novamente as sombras, profanou:

- Agora és livre, não do teu pecado, mas das tuas dúvidas.

Foi embora deixando o outro ali, na frente dos grilhões quebrados e esse, enquanto pensava, percebeu que agora também havia descoberto como sorrir.

5 comentários:

  1. Eita porra, 'c anda inspirada mesmo hein!
    ou é o talento que você não pode mais esconder?
    Ha! De qualquer forma, ficou devéras legal.

    bjs

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  2. Tah na hora de atualizar isso aki hem! É facil acompanhar um blog parado, entao corra! xD

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  3. texto meio emo ¬¬
    uhahuahuahuahuahua
    brinks pandéxter :*

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