quarta-feira, 16 de junho de 2010

Acordes e melodias.

Mais uma decepção,
encarou com um sorriso,
subiu o seu orgulho e
novamente ergueu o seu rosto.

Pensou que seria o fim
quis procurar palavras ao que sentia,
mas de nada adiantaria desesperos.

Agora ela chora, mente
Engana, descrente
esconde a alma;

Dance sua valsa
Doce menina, dance.

O mau no vazio do nada, sua antiga canção perdida.
O tempo é seu escravo,
nada mais importa e nem porque importaria.
Apenas feche os olhos, doce menina, e dance
Dance ao som da vida.

sábado, 8 de maio de 2010

Final.

Escute.
Faça silêncio e apenas escute.
Não pisque, escute.
Não respire, escute.
GRITE, escute!

O medo fala.
O corpo ouve.
A vida cala
e tudo morre.

Silêncio, meu bem.
Ouça o que ele diz.
Sorrisos afagam,
Lágrimas gritam,
A dor sussurra,
O tempo mata.

Escute.
Certas palavras não são ditas,
ouvidas apenas.
Então se vá, pois a minha vontade já lhe disse que o nosso todo acabou.
Escute meu querido, escute
e se vá no meu silêncio do fim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saudade.

Veio vindo de repente
e aconchegou-se roubando meu espaço
Sentou, me olhou
Sorriu.
Tremi.
Disfarcei, tentei ignorar,
talvez não pensar,
mas aqueles olhos não saiam de mim.

Aos poucos foi me consumindo
mastigando lentamente até que todos
os pedaços se rasgarassem
sem chance de choro, grito ou arrepio.

E ela, majestosa como tal,
reinou sobre meus pensamentos,
sentimentos e vontandes.

A saudade, agora, fazia parte de mim.

4 anos hoje,
muitos anos a frente...
Sem sinal,
Sem vida,
Será?

sábado, 20 de março de 2010

Meus.

A saudade do frio da noite é tão impaciente que torna uma leve brisa gelada a melhor sensação do mundo.
Como eu queria me deitar novamente sob a solidão e apreciar a escuridão do céu.
A presença de estrelas me priva do meu vazio, por isso a minha preferência pelo nada.

Não sei se é medo ou é apenas vontade mesmo, mas é tão confuso saber o que se passa
diante dos próprios olhos.
É inesperado ter que esperar alguém, chega a me incomodar tanto que se torna feio pro meu orgulho.

Eu queria viver sozinha... É! Viver sozinha por que morrer, meu querido, todos morreremos só.
Mas viver, -NOSSA, viver- é tão delicado, incomum, intenso e ao mesmo tempo desesperador, incerto e imperfeito.
Sempre odiei coisas que me confudem, eu gosto de ter certeza do que faço, mas isso NUNCA acontece e eu acabo me perdendo, como agora.

É...eu não sei o que fazer, não sei o que esperar e nem o que pensar.
Eu só queria viver sozinha.

domingo, 21 de fevereiro de 2010


Na noite, no escuro,
as paredes e pensamentos,
a pele, os sussurros,
você e eu.


O começo, o toque,
as palavras sobre murmuros,
respirações desafiando o tempo.

Olho no olho,
rosto com rosto,
corpo com corpo,
eu e você.


E assim faz-se o momento,
mata-se o mundo,
desfaz-se o resto
e tudo que importa são as palavras ofegantes
com tom de verdade
e gosto de amor.


Ao final, nos ímpetos gestos,
no gozo da vida,
nos sorrisos dos lábios
cria-se,
inventa-se,
nasce aquilo que chamamos de "Nós".

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Indecisões

Começou assim, do nada, veio nascendo, crescendo, correndo, explodindo...
Sentou e admirou o vazio.
Pensou.
Sorriu.
Teria ela condição de entender o que ele sentia?
"Jamais!", Repetiu a si mesmo
Desapontou-se talvez, mas depois deixou de lado a angústia.
Eles não eram iguais e tão pouco queriam ser.
Ela do tipo que olhava, ele do tipo que fazia.
Ela lutava, ele dormia.
Ela amava, ele curtia.
E assim foi todo o tempo.
e assim foi toda a dívida.
Não sabia mais se a queria, a dúvida tornava-se soberana aos seus olhos
Pensou em fugir
"Fugir de você mesmo, idiota?", repetiu a si mesmo com um sorriso vazio na face.
"Perdê-la talvez fosse a solução."
"Ou não", desapontou-se mais uma vez.
Foi quando sentiu a brisa passar
e lembrou dos momentos
dos olhos
dos carinhos
do calor
Lembrou-se das broncas, das farpas e migalhas deixadas em tom de amor
E aprendeu, em apenas um rápido instante,
o que sentia pela simplicidade daquilo que seria o seu "não saber amar".
Levantou-se e sorriu, agora com vontade, ao sol que ali se despedia.
Ele a amava e a certeza que o impunha agora tomava conta do que antes era o seu coração.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Pátria amada, Brasil!"

COVARDE! Olhe a sua volta,
suas atitudes estupram suas mulheres,
desonram os seus homens,
condenam as suas crianças!

Cante a sua pátria o seu amém,
Cante a sua nação o seu desdém,
Empunha as mãos ao peito
enquanto jura a sua vã lealdade as gravatas daqueles que governam a "pederastia" política.

"Verás que um filho teu não foge a luta"
Ah minha querida nação, aceite um conselho ingênuo de um dos seus bastardos paridos,
ou dê de comer aos seus filhos ou a luta que te aguarda trás o vermelho a sua bandeira e ao seu ventre de mãe gentil.